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QUE A MENSAGEM DA GRAÇA IMERECIDA ALCANCE O MUNDO TODO!

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KARATE DIOGOKAN

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

«Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino do Céu»

Uma criança confia sem refletir. Não pode viver sem confiar nos que estão à sua volta. A sua confiança não é uma virtude, é uma realidade vital. Para encontrar Deus, o melhor de que dispomos é o nosso coração de criança, que está aberto espontaneamente, ousa pedir com simplicidade, quer ser amado.
Só uma criança é capaz de achar que Deus é amor, e confiar nisso.
Um adulto pondera, discute, e acaba achando que Deus pode não gostar dele por ele ser um pecador.
Só uma criança pode crer que Deus ama a todos .
Um adulto pondera, discute, e acaba achando que Deus ama só os religiosos.

SACERDOTE

Sacerdote quer dizer aquele que sacrifica.
Jesus sacrificou sua vida em pról da verdade.
Ele foi morto porque passou ao mundo a verdade sobre o amor de Deus.
O mundo não aceitou essa verdade e criou doutrinas hipócritas para que essa verdade pudesse ser aceita entre eles.
Criou o cristianismo.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

SACRIFÍCIO

Desde os tempos mais remotos, o homem vem sacrificando animais e até mesmo pessoas como oferendas a Deus.
Abraão , mesmo antes da criação da religião dos Hebreus, já sacrificava animais, e quase sacrificou até seu filho.
A religião dos Hebreus era baseada na Lei e nos sacrifícios de animais , e o povo entendia que a Lei era para ser seguida, e os sacrifícios para pagar a Deus pelos pecados cometidos.
Eles não conseguiam entender que a Lei era para mostrar para o homem a sua condição de pecador diante de Deus, era o espelho da maldade do homem.
Não entendiam que o sacrifício era para mostrar ao homem que o resultado do pecado era a morte.
Era uma religião que metafóricamente ensinava que o homem era pecador e por isso não teria vida após a morte.
Outro ponto da religião hebréia que não era compreendido pelo povo, era sobre o Messias.
Eles pensavam que o messias viria para provar que aquele sistema religioso era mesmo o correto, o do Deus verdadeiro, e a frente do sistema religioso o Messias iria transformar Israel na maior potência sobre o planeta Terra.
Nem imaginavam que já que eles eram pecadores e destinados a morte, Deus enviaria um Messias que transmitiria a mensagem de que Deus é melhor que o homem e ama o pecador imerecidamente, Mas não aceitaria honras partidas de homens, e que por isso e por entender que os homens não entendiam a mensagem do sistema religioso, o tendo transformado sim numa maneira de dominar politica , economica e religiosamente o povo,negaria ser o tipo de Messias esperado pelos homens, e por negar a vontade do homem , seria morto, e enquanto morria demonstraria amor, o tipo de amor que só pode partir de Deus e de seu Filho.
O Messias tinha sido enviado para perdoar o homem, e sua morte na cruz serviu para mostrar indiscutivelmente a toda a humanidade que esse perdão é imerecido.
Depois de algum tempo, o sistema Hebreu acabou, e surgiu no mundo um novo sistema, agora com o sacrifício do Messias como base do sistema.
Nesse novo sistema, chamado Cristianismo, o pecador não precisava mais sacrificar animais, pois o Messias já tinha sido sacrificado e seu sangue tinha pago a dívida do homem pecador para com Deus.
Esse sistema pregava que Jesus tinha morrido na cruz para pagar o pecado do homem, mas que o homem para alcançar esse perdão, deveria se transformar em sacrifício vivo , e só assim participaria da vida eterna.
E o sacrifício vivo era a obediência às regras religiosas.
Assim como o antigo sistema, o novo englobava uma regra a ser seguida e um preço a ser pago.
Mais uma vez o instinto natural do homem, o de ter de pagar para obter alguma coisa nesse mundo, seja através do esforço ou de algum bem, prevaleceu na religião humana, e por não entender a missão do Messias, colocaram um preço no perdão, na Graça, esquecendo que ela éra imerecida.
Acharam que o messias tinha pago pelo perdão dos homens, com sangue, a um Deus que cobrava as coisas com sacrifícios de sangue. Não notaram que o sangue derramado na cruz simbolisa o amor, pois foi por amar a verdade e passar essa verdade aos homens, que Jesus foi morto.Foi morto para mostrar definitivamente que o perdão de Deus tinha que ser imerecido, pois o homem não o merecia.
Esse entendimento errado sobre a missão do Messias prevaleceu nos corações dos religiosos e foi herdado por nós, de hoje em dia, mostrando que o homem é o mesmo, e que a nescessidade do perdão imerecido continua a mesma.
JESUS NÃO PRECISAVA SER MORTO PARA QUE DEUS PERDOASSE O HOMEM, ELE TINHA QUE SER MORTO PARA QUE TODOS SOUBESSEM QUE O PERDÃO ERA IMERECIDO.

O SANGUE

Por que será que os religiosos não conseguem acreditar em um Deus que possua bondade infinita?
O homem é um animal tão orgulhoso que acha que participa na obra de Deus.
Do orgulho humano saiu a religião, possuidora dos mesmos defeitos de seus criadores.
Cada grupo de pessoas acredita em uma religião diferente, sempre com seus livros santos, homens de Deus e casas de Deus.
Transformam Deus em homem, pois pensam que Deus age de acordo com os padrões humanos de comportamento.
O Deus de cada religião não tolera infiéis e os condena a sofrimento eterno, refletindo assim a vontade secreta dos corações dos religiosos.
Nunca houve uma religião que aceitasse um Deus que amasse todos os homens por igual.
No cristianismo, por exemplo, ensinam que Deus ama a todos, mas fica impotente diante da vontade do homem. Dizem que Deus gostaria de salvar a todos e mandou até seu filho ser sacrificado para que os homens sejam salvos, mas essa salvação está nas mãos dos homens, que devem aceitar ou não a religião cristã para que possam ser salvos.
O homem condiciona a vontade de Deus a vontade do homem, desprezando assim a onipotência de Deus.
A salvação fica na condição de mercadoria, que assim como no comércio, está lá na loja ao alcance de quem se dispor a compra-la, pagando o preço estipulado pelo dono da loja.
Todo religioso, seja de qual for religião, tem um preço a pagar para ser aceito por Deus. Isso acontece desde a criação da religião humana.
Como somos influenciados pelo cristianismo em nossa sociedade , vamos falar a respeito dessa religião:
Quando Moisés montou a religião dos hebreus, ela tinha como objetivo mostrar aos homens que Deus era puro e que o pecado levava o homem a morte espiritual.
A Lei mostrava que o homem era pecador diante de Deus, e o sacrifício de animais mostrava a consequencia do pecado.
Mas o homem, como sempre, transformou essa metáfora em comércio, e quando Deus enviou seu filho para dizer, pois ele era a palavra de Deus,que Deus sabia que o homem não prestava mas o amava assim mesmo, os religiosos, com medo de que essa mensagem acabasse com o comércio religioso, o matou.
Depois, os religiosos cristãos, já com o instinto humano de achar que deviam pagar para obter alguma coisa,interpretaram que os sacrifícios de animais pagavam com sangue os pecados daqueles que sacrificavam tais animais; e tranferiram essa crença para o sacrifício de Jesus, pensando assim que seriam salvos, não pelo amor imerecido de Deus, mas porque a ira de Deus foi saciada pelo sangue do seu próprio filho.
Eles não entendem que Jesus nasceu nesse mundo com a missão de dizer e mostrar que Deus é diferente dos homens e é capaz de amar até seus inimigos.
Jesus foi cordeiro porque preferiu ser morto do que fazer a vontade do homem, e não porque foi enviado para ser morto e saciar Deus com sangue humano.Foi cordeiro porque não lutou para não ser morto.
Os religiosos acham que o preço foi pago com sangue assim como numa macumba a um Deus sedento por vingança
.O que esses religiosos desconhecem é que o preço foi pago com amor, e que o sangue representa esse amor, pois para o homem a coisa mais importante é a vida, e o sangue representa a vida.
Jesus amou tanto o homem, que se deixou ser morto mas não negou a mensagem de amor que ele veio dar, em detrimento ao sistema humano.
Jesus pagou nosso preço com amor e não com sangue; o sangue simplesmente mostra o quanto esse amor foi forte; e o seu sacrifício mostra que o perdão tem de ser imerecido.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Mistério

"...já sentenciei...que o autor de tal infâmia seja...entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor.
O que Paulo quiz dizer com isso?
Satanás colaborando com a salvação das pessoas?
Fiquei surpreso com essa passagem...

O JOIO E O TRIGO

Quando os anjos vierem separar o joio do trigo, encontrarão segundo a Lei de Deus, um só trigo, Jesus, o resto da humanidade será o joio e dependerá do perdão imerecido de Deus para ter vida eterna.

HIPOCRISIA BIBLICA

"...já sentenciei...que o autor de tal infâmia seja...entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus].... Lançai fora o velho fermento....agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador" (1 Coríntios 5:3-5,7,11). Paulo escreveu aos tessalonicenses: "Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente..." (2 Tessalonicenses 3:6).
Onde está a hipocrisia?
- A hipocrisia está em se achar que com a lei estreitada por Jesus, existem pessoas puras nesse mundo.
Quem se acha puro chama Deus de mentiroso, pois quem é puro não peca.

Institucionalização da Igreja

1 - Cristianismo: Religião Oficial do Império
A mensagem cristã surgiu entre os judeus, considerados bárbaros pela civilização romana. E, apesar de choques e hostilidades, conseguiu firmar-se no Império.

O Cristianismo defrontou-se com um mundo consolidado: um mundo onde, desde as conquistas de Alexandre, o Grande (356 - 323 a.C.), predominava a cultura greco-romana, que se difundiu entre os povos da Antiguidade e abalou suas culturas nacionais. Nessa vastidão que incluía quase toda a Europa, a Ásia Menor e o norte da África, o clima espiritual era contraditório.

A religião oficial de Roma caracterizava-se pelo pragmatismo político. Ao politeísmo greco-romano, em geral eclético e teologicamente frágil, contrapunham-se inúmeras religiões de mistérios, cada vez mais divulgadas e acrescidas de novos adeptos. Roma procurava garantir suas tradições e supremacia através das divindades nacionais, regionais ou locais, mas não deixava de utilizar deuses estrangeiros para submeter os povos conquistados.

Mas no séc. III d.C., o Império Romano encontrava-se à beira da derrocada. Suas fronteiras estavam ameaçadas e os imperadores, sucedendo-se ininterruptamente, eram impotentes para garantir a segurança das províncias. A aristocracia, ameaçada, começou a constituir Estados independentes. A população sofria privações de todo tipo e praticava atos de banditismo.

No início do séc. IV, Diocleciano buscou a consolidação estatal, instaurando uma monarquia absolutista. O imperador foi transformado em descendente dos deuses, o exército e a religião tornaram-se a garantia do poder despótico. No séc. III os monarcas haviam procurado ligar sua autoridade à corrente religiosa que prevalecia entre os soldados, acabando por criar uma divindade sincrética, o Sol Invictus. Quando Constantino venceu a disputa ao trono romano, implantou uma nova religião estatal como apoio à sua autoridade: o Cristianismo, através do edito de Milão, em 313. Constantino decidiu aceitar o Cristianismo por motivos predominantemente políticos, mas teve um significado transcendental, pois, posteriormente, o Cristianismo tornar-se-ia a religião oficial do império no reinado do Imperador Teodósio.

Apesar de numerosas semelhanças com outras crenças monoteístas, o Cristianismo trouxe uma proposta fundamentalmente nova. Pelo fato de deixar sua pátria, a Palestina, pôde desligar-se de suas características nacionalistas e irrompeu no mundo romano como um movimento messiânico de amplitude internacional. Além de valorizar o homem, atribuindo-lhe alma imortal, tornou-o membro de uma nova família universal, presidida por um Deus único que se manifestara sob forma humana e histórica. Simples e consistente na doutrina, a nova religião trazia uma mensagem escatológica (1), relativa ao final dos tempos, centrada na idéia da ressurreição e glorificação, inédita no mundo antigo.

A mensagem de salvação imediata baseava-se na transformação espiritual a partir da conversão individual a Jesus Cristo: embora não operada pelos homens, mas pela graça divina, a salvação consistia numa opção possível a todos.

Penetrando mais facilmente entre os escravos da cidade, o Cristianismo atingiu todas as camadas da população. O Estado romano vivia um momento de transição e, diante da inquietação gerada pela crescente crise político-econômica, a mensagem de salvação espiritual representava importante compensação. E o Cristianismo pregava antes de tudo o distanciamento dos problemas terrenos, prometendo a instauração de um mundo novo para além do mundo visível. Por outro lado, as comunidades cristãs viviam em comunhão de bens, pregando a igualdade de todos perante Cristo. Dessa forma, embora visando essencialmente a salvação espiritual, a mensagem cristã ganhou a conotação de revolução social e atraiu a população injustiçada.

Desta forma, no séc. III, com a decadência dos cultos tradicionais romanos, o cristianismo passou a ser uma força considerável.

Quando o imperador Constantino decidiu aceitar o Cristianismo, no início do séc. IV, seus motivos foram predominantemente políticos, mas tiveram um significado transcendental, pois, posteriormente, o Cristianismo tornar-se-ia a religião oficial do império.

Para poder consolidar o Cristianismo, foi necessário criar estruturas mais complexas para manter tanto a disciplina como para proteger a pureza da doutrina. Os presbíteros (2) foram substituídos por uma hierarquia de bispos e começou a emergir uma estrutura diocesana (3). A Igreja Cristã desenhou sua própria organização baseando-se no Império Romano.

Os bispos reuniam-se em sínodo (4) nas capitais provinciais e os pertencentes a centros metropolitanos recebiam dignidades especiais. Roma, que havia sido a sé de São Pedro, recebeu uma primazia de honra, apesar de que seus bispos deviam compartilhar hierarquia e poder com os de Antióquia e os de Alexandria e, depois, com os de Constantinopla e os de Jerusalém.

Para as decisões importantes, principalmente em assuntos doutrinários, o clero reunia-se em assembléia. As mais famosas foram: O Primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia (325), o Concílio de Constantinopla (381), o de Éfeso (431) e o de Calcedônia (451). Estes encontros eram, teoricamente, porta-vozes da Igreja, porém, de fato, ao ser a religião do Estado, o cristianismo esteve sujeito à influência imperial.

2 - Organização da Igreja: o Clero
A organização institucional da Igreja foi o resultado de uma evolução gradativa. Nos primitivos tempos da nova religião, os cristãos se reuniam em casas particulares, compartilhando da refeição eucarística, repetindo orações e recontando histórias da missão de Jesus.

No séc. III o Cristianismo, que já estava desligado do contexto judaico, deparou-se com situações novas. A Igreja ampliava sua influência e constituía um grande povo. Mas, para consolidar sua expansão, era necessário organizar-se.

As instituições eclesiásticas e as posições doutrinárias tiveram desenvolvimento paralelo: os fundamentos da autoridade residiam na origem apostólica. O termo "apóstolo" era considerado por Paulo de Tarso (10-67 d.C.) em sua acepção etimológica - significando "enviado". A eleição de um apóstolo provinha então de uma ordem carismática - de um apelo do Espírito Santo -, qualificando-o para a pregação do Evangelho. E sua autoridade era aceita desde a comunidade de Jerusalém, sendo ele igualado aos doze escolhidos.

As primeiras autoridades da Igreja foram os apóstolos, aqueles discípulos a quem Jesus pessoalmente confiara a responsabilidade primária de continuarem sua obra. À medida, porém, que a Igreja se difundia, cada congregação passou a ter necessidade de uma liderança própria, para ensinar o credo crescentemente complexo, administrar os sacramentos, gerir a propriedade que a congregação possuía em comum e tomar providências em relação às necessidades materiais de seus membros

Desde o início do Cristianismo, os Apóstolos tinham auxiliares, eleitos pelo carisma divino. Suas funções eram administrativas e eles se dividiam em presbiteroi (anciãos) e episcopoi (fiscais) e diáconos (servidores). Quando se tornaram importantes, essas funções passaram a depender da escolha da comunidade. De modo geral, os ministérios carismáticos transformaram-se em ministérios institucionais. Seus titulares eram qualificados para transmitir a seus sucessores o carisma recebido. Repousado no rito da imposição das mãos ou ordenação - que conferia a autoridade para o exercício do ministério - definiu-se então o sistema hierarquizado do Cristianismo.

Havia duas classes de ministros eclesiásticos: os diáconos - encarregados da vida material das comunidades e das obras assistenciais - e os presbíteros ou bispos - que exerciam as funções espirituais e litúrgicas. Presbíteros e bispos, termos inicialmente sinônimos, atuavam de forma colegiada numa comunidade em que houvesse vários deles. Depois, esses ministérios se bipartiram, desenvolvendo-se a doutrina do episcopado. O bispo representava diretamente Cristo, garantindo a ortodoxia e guardando a plenitude dos poderes sacerdotais. Entretanto, quando as comunidades se multiplicaram, uma parte das atribuições do bispo passou ao presbítero. Embora submisso à autoridade episcopal, ele se revestiu das funções sacerdotais.

O termo latino sacerdos (sacerdote), designando o presbítero ou padre, só apareceu na linguagem eclesiástica no início do séc. III. Tanto para os judeus como para os pagãos, o sacerdote era essencialmente um sacrificador. No Cristianismo primitivo, entretanto, só existia o sacrifício da cruz, sendo Cristo o único sacerdote verdadeiro por ter imolado a si mesmo. E o termo sacerdos, quando adotado, fundou-se na concepção da Eucaristia como o sacrifício da Nova Aliança entre Deus e os homens.

Os bispos eram considerados descendentes diretos dos Apóstolos. Essa crença justificava-se na afirmação de que os primeiros seriam nomeados por um apóstolo que, pela imposição das mãos, transmitira-lhes sua autoridade. E a "sucessão apostólica", como uma linha contínua e fiel à lei dos Apóstolos, tornou-se garantia da ortodoxia doutrinal: uma Igreja que, através dos bispos, se reivindica descendente legítima dos Apóstolos, não poderia jamais contaminar-se pela heresia.

As sedes episcopais não possuíam a mesma importância e autoridade. Algumas, estabelecidas nas metrópoles regionais particularmente importantes, atuavam como igrejas-mãe em relação às igrejas episcopais das províncias. Originou-se então a igreja metropolitana e a organização em províncias eclesiásticas, baseadas nas províncias do Império. Sedes como Alexandria e Antióquia destacavam-se entre as metropolitanas. Entretanto, a primeira posição na hierarquia eclesiástica foi reivindicada pelo bispo de Roma, mesmo depois da mudança da capital para Constantinopla. Acreditava-se que a igreja romana fora fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo. A primazia de Pedro no colégio apostólico - "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" (Mateus 16, 18) - perpetuou-se em todo o episcopado na pessoa do seu sucessor. E, se o prestígio do bispo de Roma cresceu devido à supremacia política da capital, reforçou-se pelo conceito da sucessão apostólica.

Várias vezes, durante os conflitos disciplinares e doutrinários do fim do séc. II e no séc. III, os bispos de Roma reivindicaram uma autoridade de arbítrio. E quase toda a cristandade ocidental se dispunha a aceitá-la. Entretanto, o papado só se definiu mais tarde, pois, nos primeiros séculos, a Igreja considerava-se episcopal na estrutura concreta e em sua justificação teórica. A maior autoridade desse período estava acima da individualidade do bispo: eram os sínodos e concílios provinciais ou regionais.

À medida que aumentavam os membros da Igreja, distinção mais forte se fez entre os catecúmenos (5), recém-chegados à religião que recebiam instrução sobre a fé, e aqueles que já haviam sido batizados e tinham permissão de tomar parte na Eucaristia e em outros ritos sagrados.

De hábito, os clérigos (6) não eram casados, pois o celibato era considerado como meritório, mas só muitos séculos depois tornou-se esse costume obrigatório para todos os membros do clero.

O clero dividia-se em duas categorias: regular e secular. O clero regular, compreendia os monges e frades ordenados e outros que viviam em comunidades monásticas. Seu nome deriva do latim regula, que significa regra; quer dizer que eles se submetiam aos regulamentos especiais de suas comunidades monásticas, que incluía os três votos de pobreza, castidade e obediência aos seus superiores. O clero secular compreendia o grande número de padres e bispos que viviam a vida quotidiana em contato com o mundo dos leigos. Seu nome deriva-se da palavra latina saecula, termo figurativo para o mundo das preocupações materiais. Todos os clérigos acima do grau de subdiácono estavam sujeitos à regra do celibato, mas o clero secular, diversamente do regular, não era impedido de possuir bens materiais.

3 - A Igreja Constituída
Quatro são os fundamentos em que se assenta a natureza da Igreja: una, santa, católica, apostólica.

Nascente a partir do cristianismo, como igreja militante, com um clero e um laicato (7), poder de ordem e jurisdição, tem a Igreja Católica mantido a sua unidade ao longo de vinte séculos. Essa unidade vem sendo combatida ao longo dos séculos pelas heresias, pelos cismas, pelas secessões.

Duas secessões, ao longo desses vinte séculos, marcaram o desligamento de ramos importantes, que vieram dividir a cristandade primitiva e constituir formas de civilização até por vezes antagônicas, mas sem ferir a unidade original do tronco. A primeira dessas secessões foi a bizantina, provocada pela separação entre Roma e Constantinopla, devido a discussões irredutíveis em torno de problemas teológicos. Formou-se, assim, a Igreja Ortodoxa, que vinha do séc. VI mas se positivou em 1054, com a excomunhão de Miguel Cerulário pelo Papa Leão IX. Mais tarde, transferiu a sua sede de Bizâncio para Moscou.

Quanto ao Maometismo, no séc. VII, - quando Maomé se apresentou como o próprio portador da revelação divina e o Cristo passou a figurar como um profeta. O Alcorão substituiu os Evangelhos e a raça árabe formou uma religião anticristã, - religião própria, de tipo semítico, com certos vestígios de Hebraísmo e Cristianismo, em que desaparecem os sacramentos.

A segunda secessão foi a Reforma protestante, no séc. XVI, que arrastou consigo a separação da Alemanha, da Inglaterra e mais tarde dos Estados Unidos, na base da exaltação do livre exame individual das Escrituras sagradas contra a autoridade e a tradição, invariavelmente afirmadas pela Igreja Romana, como cimento da unidade cristã.

Embora essas divisões afetassem fundamentalmente a Cristandade, isto é, a civilização baseada nos ensinamentos evangélicos, manteve-se a unidade através dos séculos, fiel a uma dogmática baseada nos ensinamentos diretos de Jesus Cristo, tais como registrados nas Sagradas Escrituras e transmitidas pela tradição e pela autoridade central, - a Igreja.

Só no Ocidente, ao longo dos vinte séculos de sua ininterrupta unidade, viu a Igreja cair o Império Romano e surgir o feudalismo depois das invasões dos bárbaros; viu cair o feudalismo e surgirem as monarquias absolutas do Renascimento; como viu caírem essas monarquias, sucessivamente depois do séc. XVIII e surgir a civilização burguesa (8), baseada nas declarações dos Direitos do Homem e nos regimes republicanos; como neste século está vendo o fim da civilização liberal e burguesa e o surgimento dos regimes totalitários, de tipo comunista ou de tipo fascista e as ditaduras ou democracias populares.

Essa unidade, em parte, é sustentada devido ao seu segundo fundamento, ou seja, a santidade, pela preeminência do seu caráter sobrenatural, como sendo o próprio Cristo misticamente presente entre os homens até a consumação dos séculos. Seu objetivo não é de ordem temporal, mas eterna, de ordem espiritual e não social. Ela foi fundada para servir e não para ser servida, como o seu próprio fundador. Daí sua independência em face das raças, das civilizações, das línguas, dos governos, de tudo o que seja de ordem puramente natural. Finalmente, esse princípio de santificação não implica que a Igreja seja uma Assembléia de perfeitos, o que foi declarado por Santo Agostinho como heresia, mas uma comunidade de fiéis à busca da perfeição, em si e nos outros.

Sobre o seu terceiro fundamento, - católica, etimologicamente, esta palavra significa universal. Daí o seu anti-racismo invariável como o seu anti-nacionalismo, sempre que racismo se entenda como predomínio de uma raça sobre outra por motivos de superioridade étnica, e nacionalismo uma extralimitação de direitos e uma afirmação também de superioridade de uma só nação, dando lugar logicamente ao imperialismo e ao genocídio. Uma Igreja Católica nacional é uma contradição nos termos. Quando falamos em Igreja Católica temos sempre em mente ou devemos ter, o seu caráter eminentemente supranacional, supra-racial, supracontinental, suprapolítico ou econômico.

A apostolicidade da igreja é o seu caráter final e deve ser entendido em dois sentidos, no tempo e no espaço. A Igreja é apostólica porque deriva do seu fundador, Jesus Cristo, através dos apóstolos e discípulos. A essa apostolicidade temporal segue-se uma apostolicidade espacial, segundo a qual a mensagem do Cristo deveria representar a conquista do mundo pagão para Deus, o Cristo e a Igreja, isto é, para a Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.

A supressão de algum desses quatro fundamentos em que constituiu as colunas mestras do seu edifício, é sempre um sinal de decadência ou de recessão. Cada uma delas completa as outras.

4 - Os Concílios
O clero de cada congregação mantinha estreito contato com a das outras congregações. Essa associação entre o clero muito fez para fortalecer a Igreja, pois permitia que uma congregação auxiliasse outra em tempo de necessidade; ajudava a impedir a difusão de heresias e possibilitava consultas entre várias congregações. Tal associação também trabalhou para fortalecer a posição do clero sobre os membros leigos de sua congregação.

Com o decorrer do tempo, tendeu a Igreja a seguir o padrão de organização usado na administração do Império Romano. Assim, as congregações se agruparam de acordo com as municipalidades e províncias em que se situavam. Os bispos das cidades principais passaram a ser conhecidos como bispos "metropolitanos" e conquistaram preeminência sobre os bispos de municipalidades menores. No terceiro século, esses bispos metropolitanos deram início ao costume de convocar concílios provinciais, a que eram chamados os representantes do clero de todas as cortes da província. Às vezes, concílios ecumênicos (9), ou assembléias de todos os bispos do mundo cristão, eram convocados para tratar de questões que envolviam a Igreja inteira.

Alguns desses concílios ecumênicos, como o que se reuniu em 325, foram muito importantes na história da Igreja. Contudo, não se reuniam tantas vezes nem exerciam influência tão grande como se poderia esperar. Isto em parte se devia às dificuldades surgidas em poderem homens viajar de todo o Império para um local comum de encontro e, depois, em serem induzidos a chegar a acordo sobre as questões postas em debate. Mas também se devia ao prestígio crescente do Papado, que igualmente proclamava representar a Igreja como um todo.

Diante das lutas para manter a pureza da nova doutrina, e para dirimir dificuldades internas, um primeiro concílio - o de Jerusalém - foi realizado nos primórdios do estabelecimento do cristianismo (ano 49), segundo narração em At. 15.

Somente a partir de meados do séc. II, no entanto, é que maior número de concílios (sínodos) se realizam, com a finalidade de resolver questões relativas às heresias da época. O primeiro deles parece ter-se realizado na Ásia Menor, com o fim de adotar medidas contra o montanismo, para discutir questões sobre a Páscoa e estabelecer o cânon do Novo Testamento. Certos escritos, entre os quais muitos apócrifos, surgiram nessa época, como o Didaquê ["ensino do Senhor através dos doze Apóstolos"], anterior ao ano 150. O Didaquê tratava de instrução moral, da liturgia, da disciplina e dos ofícios eclesiásticos, além de uma exortação final sobre o breve retorno de Jesus e a ressurreição dos mortos. Os primeiros teólogos e os primeiros Padres da Igreja são dessa época.

A partir de 325, com o Concílio de Nicéia, começam os concílios maiores, chamados ecumênicos, convocados para estabelecer a posição da Igreja ante doutrinas consideradas heréticas. Nesse primeiro concílio geral aprova-se o credo de Nicéia, como resposta ao arianismo; em 381 (Constantinopla I) define-se a natureza da divindade do Espírito Santo; em 431 (Éfeso) trata-se da unidade pessoal de Cristo e da Virgem Maria; em 451 (Calcedônia) definem-se as naturezas divina e humana de Cristo; em 553 (Constantinopla II) condenam-se os ensinos de Orígenes e de outros; em 680-681 (Constantinopla III) são dogmatizadas as duas naturezas de Cristo; em 787 (Nicéia II) é regulada a questão da veneração das imagens.

5 - Ascensão do Papado
O Papa era o Bispo de Roma. Seu papel, porém, envolvia muito mais do que a supervisão da diocese romana, pois ele afirmava ser o chefe espiritual da Igreja, abençoado com a orientação especial do Espírito Santo, e todos os católicos romanos conheciam essa afirmação. Repousava ela na base de que Jesus designara o Apóstolo Pedro como chefe da nova Igreja e Pedro, que se tornara o primeiro Bispo de Roma, passara a direção de toda a Igreja, e não somente a diocese de Roma, aos seus sucessores no Bispado Romano.

A coexistência entre a Igreja e o Estado Romano não se manifesta somente ao nível institucional e político, mas também no mundo teológico e filosófico. Os cristãos se abrem cada vez mais à filosofia pagã, particularmente ao neo-platonismo e ao estoicismo. O primeiro dá ao cristianismo a sua cosmovisão e novas categorias teológicas; o segundo, a sua formulação ética. A situação parecia concretizar o que Justino escrevera no séc. II: "Todos os princípios justos que os filósofos e os legisladores descobriram, eles o devem ao fato de haverem contemplado parcialmente o lógos. A doutrina de Platão não é estranha à do Cristo, assim como a dos estóicos. Mas cada um deles não pode exprimir senão uma verdade parcial".

Clemente de Roma também afirmara que um centro de unidade política poderia ser fator da unificação institucional das Igrejas.

A pax romana, com a vertiginosa expansão da Igreja e suas lutas internas, sente-se ameaçada. Com a morte de Constantino (337) e a divisão do império entre os seus três filhos, novamente a situação torna-se hostil para a Igreja. Entretanto, Teodósio o Grande proíbe o culto pagão, quando a partir de então muitos templos pagãos são destruídos ou transformados em igrejas.

No início do séc. V, o bispo de Roma já havia conquistado posição de destaque. Devia-se isso não somente à crença de que o apóstolo Pedro ali fundara uma Igreja, como também à ortodoxia do bispado em meio à crise ariana e sua firmeza durante as invasões germânicas. Em 445, Leão I conseguiu que Valentiniano III, imperador do Ocidente, promulgasse um edito estabelecendo a primazia do bispo de Roma como sucessor do "primado de São Pedro". Tal fato levou Constantinopla, em 451, a declarar-se com a mesma autoridade de Roma. Esboçava-se a futura separação, que seria mais política do que religiosa, entre as Igrejas do Oriente e do Ocidente.

Outras circunstâncias ajudaram o Papa a ganhar uma posição de liderança. Num tempo em que todo o Império se acostumara a olhar para Roma como o centro político do mundo civilizado, era natural que os cristãos de todo o Império buscassem em Roma orientação espiritual. Assim, o Papa se tornou uma réplica do imperador. Mais tarde, quando o Império se dividiu em duas partes e o imperador se estabeleceu em Constantinopla, o Papa conseguiu prestígio ainda maior, pois continuou a representar o princípio da liderança romana. Além disso, vários dos primeiros papas foram homens de notável estatura, que fizeram bom uso de sua posição para manter o poder da Igreja sobre o Estado. No oriente, os imperadores em geral controlavam as igrejas; ao contrário de Roma com o césaro-papismo, a Igreja do Oriente nunca exerceu o poder temporal. E, enquanto as igrejas do leste (onde a tradição grega de especulação filosófica permanecia forte) muitas vezes se embaralhavam em controvérsias doutrinárias, tais lutas raramente agitavam as igrejas do Ocidente. Desse modo, Roma veio a ser conhecida como o baluarte da doutrina ortodoxa cristã.

No séc. XIX, mais precisamente em 1870, a teoria gregoriana do primado do papa é consolidada no Concílio Vaticano I, com a declaração da infalibilidade papal.


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(1) Escatologia - 1 - Doutrina sobre a consumação do tempo e da história. 2 - Tratado sobre os fins últimos do homem.
(2) Presbítero - Sacerdote, padre.
(3) Diocese - Circunscrição territorial sujeita à administração eclesiástica de um bispo.
(4) Sínodo - Assembléia regular de párocos e outros padres, convocada pelo bispo local.
(5) Catecúmeno - Aquele que se prepara e instrui para receber o batismo.
(6) Diácono - Clérigo no segundo grau das ordens maiores, imediatamente inferior ao presbítero, ou padre.
(7) Laicato - Relativo a leigo.
(8) Burguesia - Classe social que surge na Europa em fins da Idade Média, com o desenvolvimento econômico e o aparecimento das cidades, e que vai, gradativamente, infiltrando-se na aristocracia, e passa a dominar a vida política, social e econômica.
(9) Ecumênico - O sentido empregado no texto é o de universal.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

DEUS CONVERTERÁ OS IMPIOS.

Deus não deseja a destruição de ninguém. “Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva; convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão morrereis?” Ezeq. 33:11.
Deus tem misericórdia de todos os pecadores e quer que todos se salvem (cf. 1 Tim 2, 4),
Portanto, tudo isso depende não do que as pessoas querem ou fazem, mas somente da misericórdia de Deus.rom. 9, 16
Portanto, Deus tem misericórdia de quem ele quer e endurece o coração de quem ele quer.rom. 9,18
SEJA FEITA A VOSSA VONTADE AQUI NA TERRA COMO NO CÉU.

O SEMEADOR

A missão de Cristo não foi compreendida pelos religiosos de Seu tempo. A maneira de Sua vinda não estava em harmonia com a expectativa deles. O Senhor Jesus era o fundamento de toda a dispensação judaica. Suas imponentes cerimônias foram ordenados por Deus. Foram designados para ensinar ao povo, que no tempo determinado, viria aquele ao qual apontavam aquelas cerimônias. Mas os judeus tinham exaltado as formalidades e cerimônias, e perdido de vista seu objetivo. As tradições, máximas e decretos de homens ocultavam-lhes as lições que Deus intencionava comunicar-lhes. Essas máximas e tradições tornaram-se um obstáculo para a sua compreensão e prática da verdadeira religião. E ao vir a realidade, na pessoa de Cristo, não reconheceram nele o cumprimento de todos os símbolos, a substância de todas as sombras. Rejeitaram o messias, e apegaram-se a seus tipos e cerimônias inúteis. O Filho do homem viera, mas continuaram pedindo um sinal. À mensagem: “Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus” (Mat. 3:2), respondiam exigindo um milagre. O evangelho de Cristo lhes era uma pedra de tropeço, porque, em vez de um Salvador, pediam um sinal. Esperavam que o Messias provasse Suas reivindicações por vitórias brilhantes, para estabelecer Seu império sobre as ruínas de reinos terrestres. Como resposta a essa expectativa, deu Cristo a parábola do semeador. O reino de Deus não devia prevalecer pela força de armas nem por intervenções violentas, mas pela implantação de um princípio novo no coração dos homens.
“O que semeia a boa semente é o Filho do homem.” Mat. 13:37. Cristo viera, não como rei, mas como semeador; não para subverter reinos, mas para espalhar a semente; não para levar Seus seguidores a triunfos terrenos e grandezas nacionais, mas para uma colheita que será ganha depois de paciente trabalho, e por perdas e desilusões.
Os religiosos compreendiam a significação da parábola de Cristo; mas o Seu ensino lhes era indesejável. Faziam como se não o compreendessem. À grande massa envolvia-se num maior mistério ainda o propósito do novo Mestre, cujas palavras lhes moviam tão estranhamente o espírito e tão amargamente desapontavam as ambições. Os discípulos mesmos não compreenderam a parábola, mas foi-lhes instigado o interesse. Foram ter depois particularmente com Jesus e pediram explicação.
Este desejo era justamente o que Jesus pretendia despertar para que lhes pudesse dar instrução mais definida. Explicou-lhes a parábola, do mesmo modo que tornará clara sua palavra a todos os que O procuram em sinceridade de coração. Os que estudam a Palavra de Deus com o coração aberto para a iluminação do Espírito Santo, não permanecerão em trevas quanto à significação da mesma. “Se alguém quiser fazer a vontade dele”, dizia Cristo, “pela mesma doutrina, conhecerá se ela é de Deus ou se Eu falo de Mim mesmo.” João 7:17. Todos os que vão a Cristo com o desejo de um mais claro conhecimento da verdade, o receberão. Ele lhes desdobrará os mistérios do reino dos Céus, e os mesmos serão compreendidos pelos corações que desejam conhecer a verdade. Uma luz celeste raiará no templo da alma e será revelada a outros como o brilho refulgente de uma lâmpada em estrada tenebrosa.
“Eis que o semeador saiu a semear.” Mat. 13:3. No oriente tão incertas eram as circunstâncias, e as violências tão grande perigo ocasionavam, que o povo morava principalmente em cidades muradas, e os lavradores saíam diariamente para o trabalho. Assim saiu também Cristo, o Semeador celeste, a semear. Deixou Seu lar seguro e cheio de paz, deixou a glória que possuía junto ao Pai, antes de o mundo existir, deixou Sua posição no trono . Saiu como homem sofredor e tentado; saiu em solidão para semear em lágrimas e para regar com o próprio sangue a semente da vida para um mundo perdido.
Cristo veio para os perdidos, pois os religiosos pensam que já acharam Deus através de ritos e obediência religiosa.

ALGUÉM SE HABILITA?

Aquele que diz: Eu conheço-o e não guarda os meus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a minha Palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele.” I João 2:3-5.

OU SEJA, NINGUÉM!

SE SEUS OLHOS O FAZ PECAR, ARRANQUE-OS.

Jesus dizia isso porque sabia que nenhum homem arrancaria seu próprio olho só porque ele o faz pecar.
E depois que Jesus estreitou a lei, todo olho deveria ser arrancado, pois só de olhar uma mulher o homem já peca; só de olhar para a propriedade alheia o homem peca.
Então por que Jesus, mesmo sabendo que ninguém arrancaria e que todos deveriam arrancar, disse isso?
Ele disse isso para que todos, religiosos e ateus soubessem que todos eram pecadores e que todos iriam ter que contar com o perdão imerecido de Deus.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

AS TRÊS TENTAÇÕES

Quais foram as três tentações e o que elas significam?
Depois de ser batizado por João Batista, Jesus foi para o deserto onde ficou em oração e jejum por mais de um mês. Nestes dias, no isolamento e recolhimento espiritual a que se submeteu, Jesus foi tentado pelo “demônio” ou por algum espírito ruim, ou se confrontou com forças negativas – as explicações são variadas.
O “demônio” tentou desviar Jesus do caminho correto. Para isto tentou fasciná-Lo com promessas de bens terrenos.
1ª tentação: “Não comeu nada nestes dias e, depois disso, sentiu fome. Então o diabo disse a Jesus: “Se Tu és o Filho de Deus, manda que esta pedra se torne pão.” Jesus respondeu: “”A escritura diz: ”Nem só de pão vive o homem.”” (Mateus 4: 3,4).
Significado: Jesus tinha um objetivo e estava fazendo um sacrifício para atingir este objetivo. O “demônio” propõe a Jesus que não se sacrifique, e que use o Seu poder para conseguir o pão e não o “Pão da Vida” espiritual que estava buscando. O desafio do “diabo” era uma cilada para Jesus se mostrar orgulhoso do Seu poder (transformar pedra em pão) e começar a usar este poder segundo as leis do “diabo” e dos homens e não segundo a vontade de Deus. Jesus entende o fato e coloca a vontade de Deus acima de qualquer desejo do “demônio”. Ou seja, Ele não quis provar nada para ninguém.
Ele também demonstra que todos nós temos necessidades que só podem ser satisfeitas a partir de uma vivência espiritual: nem só de pão vive o homem.
2ª tentação: Jesus está no alto de uma montanha. De lá pode-se ver o horizonte e imaginar toda a extensão de terra que forma os mais diversos reinos. O “demônio” diz: “Eu te darei todo poder e riqueza destes reinos, porque tudo isto foi entregue a mim, e posso dá-lo a quem eu quiser. Portanto, se ajoelhares diante mim, tudo isto será teu. “Jesus respondeu: “Você adorará o Senhor seu Deus e somente a Ele servirá.” (Mateus 4: 6,8)
Significado: O “demônio” tenta fascinar Jesus com a proposta de poder. Bastava Ele se tornar igual a tantos outros que queriam dominar os povos e submetê-los à situações injustas que Ele teria todo o poder e o apoio do “demônio” para dominar estes reinos. Mas Jesus disse: Não. Ele decidiu tomar o caminho que Deus havia lhe reservado: revelar as verdades fundamentais da vida, contribuir para a evolução espiritual do mundo, servir de exemplo positivo de amor e bondade para toda a humanidade através dos séculos. A obra de Jesus está aí até hoje; a obra dos dominadores e imperadores sempre acaba.
O “demônio” sempre usa da tentação para levar o homem a ser aproveitador e dominador, Jesus nos ensina que devemos servir e ajudar, que assim seremos mais justos, mais felizes e teremos maior realização interior.
Lembre-se: Jesus teve inteligência ao dizer Não. Mas nem sempre aconteceu assim. Alguns profetas ou homens de religião resolveram lutar pelo poder e até partiram para a guerra e assim se desviaram do caminho correto. Estes falaram coisas corretas, mas também muita coisa incorreta. Por isto devemos ter discernimento e bom senso quando lemos coisas que eles escreveram ou analisamos seus exemplos de vida.
3ª tentação: Jesus estava em Jerusalém, na parte mais alta do Templo. O “demônio” Lhe disse: “Se Tu és Filho de Deus, joga-Te daqui para baixo. Por que a escritura diz: “Deus ordenará a teus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado. ... Eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em nenhuma pedra.” Mas Jesus respondeu: “A Escritura diz: “Não tente o Senhor teu Deus.”” (Mateus 4: 9,12)
Significado: Deus protege aqueles que trilham um caminho correto. Se Jesus fizesse o que o “demônio” queria, Ele não estaria trilhando o caminho correto. Ele estaria colocando Deus à prova. E a verdade é que devemos confiar e nos entregar a Deus.
Se Jesus saltasse do alto do Templo e saísse vivo, com certeza Ele seria aclamado como alguém poderoso e teria inúmeros admiradores prontos para segui-Lo. Jesus, porém, sabia que seu caminho era revelar que todo este poder é ilusão, sendo verdadeiro apenas aquilo que podemos levar para o “além da vida”, onde nossa vida dura um infinito. E nós só levamos para o além vida o que é importante para Deus: valores morais, atos de justiça e amor ao próximo, nosso crescimento interior, caridade, entre outros. Ou seja, Jesus veio revelar a realidade além morte, que a vida continua e que lá só importa a realização da Obra de Deus.
Esta resposta também nos ensina a importância do estudo contínuo e profundo dos ensinamentos de Deus, a fim de conseguirmos (através do conhecimento) sairmos da cilada armada por aqueles que utilizam a própria palavra de Deus desfocada da Vontade de Deus. Jesus se defende da tentação pois conhece o verdadeiro Núcleo da Fé Evangélica.
Ato final: Mateus escreve que depois destas tentações o “demônio” foi embora para voltar em um momento mais oportuno. É provável que Jesus tenha sido tentado outras vezes. Nós também somos constantemente tentados, principalmente pelo nosso egoísmo, sede de poder, ambição, vaidade, etc. Ou seja, nós possuímos um “demônio” interior que tenta nos distanciar do caminho do bem, da verdade e da justiça. Por isto a importância do dito: “orai e vigiai”.

O JULGAMENTO DOS HOMENS

No julgamento dos homens, seremos acusados pelo pecado original , ou seja,por termos participado da revolta de Lúcifer contra Deus.
Nossa vida carnal será a prova de que somos bandidos perante a lei de Deus.
Estabelecida nossa culpa, seremos condenados a segunda morte.
Jesus na condição de Filho de Deus, e vitorioso através de sua vida quando foi mortal e viveu entre os homens, vai interceder por nós e pedir que Deus nos perdoe imerecidamente.
Deus nos perdoará e nos dará para Jesus.
E seremos felizes eternamente junto ao nosso Rei.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

COMO DEUS IRÁ SE VINGAR

Deus é diferente dos homens.
Para os homens, justiça se confunde com vingança; mas para Deus , justiça é sinônimo de amor.
Deus vai acabar com o impio, não destruindo-o, mas convertendo-o e restaurando-o.
Deus é onipotente, e tem o poder para transformar pecadores em santos.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O ENTENDIMENTO DA GRAÇA

Quando eu orava a Deus pedindo um maior entendimento sobre o cristianismo, não imaginava que esse conhecimento iria me afastar da religião.
Quando a gente toma conhecimento sobre o que é o sistema religioso, seja cristão, islâmico, judeu ou qualquer outro, começamos a entender realmente porque Jesus foi contra ele.
Os religiosos sempre se esforçaram para que o povo aceitasse seu sistema humano de lidar com o sagrado.E sempre usaram a ignorância do povo para dominar politicamente e economicamente a sociedade.
Movimentos sociais radicais como o comunismo, já negaram Deus por causa da influência malévola que o poder religioso exerce nas pessoas; eles sabiam que a igreja sempre foi aliada ao dinheiro.
Até na revolução francesa quizeram abolir o sistema religioso; não conseguiram mas pelo menos o desvincularam do Estado.
Hoje em dia, o sistema religioso continua parasitando nossa sociedade, ganhando cada vez mais força econômica através da influência política conseguida às custas dos currais eleitorais, e da influência dos meios de comunicação em massa, que cada vez mais estão nas mãos desses religiosos.
Quando Jesus pegou no chicote e agrediu os religiosos que faziam comércio na porta do templo de Jerusalém, ele estava agredindo o sistema e não as pessoas envolvidas no comércio religioso.
Os religiosos de hoje em dia se esquecem que jesus foi morto porque negou o sistema religioso e suas pretenções políticas contra os romanos.
Hoje em dia, os cristãos são ensinados que Jesus negou o sistema Judeu e providenciou a criação de um novo sistema, o cristão.
Quem lê a biblia não repara que os apóstolos discutiam entre si qual seria a doutrina do novo sistema, e se discutiam era porque Jesus não os tinham instruido como montar tal sistema, e se não os tinham instruídos era porque Jesus era contra a sistematização da fé.
Quando Jesus ensinou que devíamos negar o mundo, ele estava se referindo à maneira do mundo pensar em Deus, ele estava se referindo ao sistema religiosos humano.
Basta seguirmos o ensinamento de Jesus, de que conheceríamos a coisa pelos frutos que ela produz, e seguindo essa linha de raciocínio vemos que ao longo da história,o sistema já matou torturou e excluíu muitas pessoas em nome de Deus, e portanto concluímos que o sistema não foi implantado por Jesus.
O sistema judaico já matava em nome de Deus desde os tempos de Josué. Jesus negou o sistema e foi morto. Depois o sistema romano matou os seguidores de Jesus, até que por motivos políticos fizeram o cristianismo entrar para o sistema.
Esse sistema cristão romano então começou a matar os discordantes, mais uma vez em nome de Deus.
Com o surgimento do mercantilismo, o pontapé inicial do capitalismo, novas situações políticas e econômicas favoreceram o surgimento de um novo sistema, e assim, os discontentes com o sistema católico puderam montar o sistema católico protestante, que logo após seu surgimento também começou a torturar e matar em nome de Deus.
Como é que se pode pensar que Jesus faria parte de sistemas religiosos humanos que matam em nome de Deus?
Quando Jesus enviou seus discípulos para darem às pessoas a BOA NOVA, ele os enviou apenas com uma camisa e um par de sandálias. Jesus não estava criando um sistema religiosos e sim apenas mandando que se espalhacem a notícia que Deus amava a todos e tinha enviado seu filho para resgata-los.
Os discípulos de Jesus não precisavam de livro algum, nem de ritos para cumprirem essa missão.E veja que já naquele tempo os religiosos já eram letrados nas escrituras e realizavam ritos no templo.
Os verdadeiros evangelistas não precisam ser versados na religião, ou como hoje em dia, ser formados em teologia(bibliologia).Os verdadeiros precisam apenas acreditar que Deus ama o homem como ele é, e de que a doutrina da religião de Jesus é o amor ao próximo.
Quanto ao sistema, devemos agir como Jesus, devemos nega-lo e denuncia-lo.
As pessoas que veneram o instrumento que matou Jesus, deveriam venerar sim, o chicote que Jesus usou para mostrar que ele era contra o sistema.(risos)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A INQUISIÇÃO PROTESTANTE

Muitos evangélicos falam da Inquisição Católica, mas poucos sabem sobre a Inquisição Protestante.


Alemanha
Bandos protestantes esfolaram os monges da abadia de São Bernardo, em Bremen, passaram sal em suas carnes vivas e depois os penduraram no campanário.

Em Augsburgo, em 1528, cerca de 170 anabatistas foram aprisionados por ordem do Poder Público. Muitos foram queimados vivos; outros foram marcados com ferro em brasa nas bochechas ou tiveram a língua cortada.

Em 1537, o Conselho Municipal publicou um decreto que proibia o culto católico e estabelecia o prazo de oito dias para que os católicos abandonassem a cidade. Ao término desse prazo, soldados passaram a perseguir os que não aceitaram a nova fé. Igrejas e mosteiros foram profanados, imagens foram derrubadas, altares e o patrimônio artístico-cultural foram saqueados, queimados e destruídos. Também em Frankfurt, a lei determinou a total suspensão do culto católico e a estendeu a todos os estados alemães.

O teólogo protestante Meyfart descreveu uma tortura que ele mesmo presenciou: “Um espanhol e um italiano foram os que sofreram esta bestialidade e brutalidade. Nos países católicos não se condena um assassino, um incestuoso ou um adúltero a mais de uma hora de tortura (sic). Porém, na Alemanha, a tortura é mantida por um dia e uma noite inteira; às vezes, até por dois dias; outras vezes, até por quatro dias e, após isto, é novamente iniciada. Esta é uma história exata e horrível, que não pude presenciar sem também me estremecer. “

Inglaterra
Seis monges Cartuxos e o bispo de Rochester foram sumariamente enforcados. Na época da imperadora Isabel, cerca de 800 católicos eram assassinados por ano e Jesuítas foram assassinados ou torturados. Um ato do Parlamento inglês, em 1562, decretou que “cada sacerdote romano deve ser pendurado, decapitado e esquartejado; a seguir, deve ser queimado e sua cabeça exposta num poste em local público”.

Suíça
O descobridor da circulação do sangue foi queimado em Genebra, por ordem de Calvino. No distrito de Thorgau, um missionário zwingliano liderou um bando protestante que saqueou, massacrou e destruiu o mosteiro local, inclusive a biblioteca e o acervo artístico-cultural.

Em Zurique, foi ordenada a retirada de todas as imagens religiosas, relíquias e enfeites das igrejas; até mesmo os órgãos foram proibidos. A catedral ficou vazia, como continua até hoje. Os católicos foram proibidos de ocupar cargos públicos; o comparecimento aos sermões católicos implicava em penas e castigos físicos e, sob a ordem de “severas penas”, era proibido ao povo possuir imagens e quadros religiosos em suas casas.

Ainda em Zurique, a Missa foi prescrita em 1525. A isto, seguiu-se a queima dos mosteiros e a destruição em massa de templos. Os bispos de Constança, Basiléia, Lausana e Genebra foram obrigados a abandonar suas cidades e o território. Um observador contemporâneo, Willian Farel, escreveu: “Ao sermão de João Calvino na antiga igreja de São Pedro, seguiram-se desordens em que se destruíram imagens, quadros e tesouros antigos das igrejas”.

Irlanda
Quando Henrique VIII iniciou a perseguição protestante contra os católicos, existiam mais de mil monges dominicanos no país, dos quais apenas dois sobreviveram à perseguição.

Escócia
Durante um período de seis anos, John Knox, pai do presbiteranismo, mandou queimar na fogueira cerca de 1.000 mulheres, acusadas de bruxaria.

O saque de Roma
O Saque de Roma foi um dos episódios mais sangrentos da Reforma Protestante.
No dia 6 de maio de 1527, legiões luteranas do exército imperial de Carlos V invadiram a cidade. Um texto veneziano, daquela época, afirma que: “o inferno não é nada quando comparado com a visão da Roma atual”. Os soldados luteranos nomearam Lutero “papa de Roma”. Todos os doentes do Hospital do Espírito Santo foram massacrados em seus leitos.
Os palácios foram destruídos por tiros de canhões, com seus habitantes dentro. Os crânios dos Apóstolos São João e Santo André serviram para os jogos esportivos das tropas. Centenas de cadáveres de religiosas, leigas e crianças violentadas - muitas com lanças incrustadas na região genital – foram atirados no rio Tibre. As igrejas, inclusive a Basílica de São Pedro, foram convertidas em estábulos e celebraram-se missas profanas.

Gregóribo afirma a respeito: “Alguns soldados embriagados colocaram ornamentos sacerdotais em um asno e obrigaram um sacerdote a conferir-lhe a comunhão. O sacerdote engoliu a forma e seus algozes o mataram mediante terríveis tormentos”.

Conta o Padre. Mexia: “Depois disso, sem diferenciar o sagrado e o profano, toda a cidade foi roubada e saqueada, inexistindo qualquer casa ou templo que não foi roubado ou algum homem que não foi preso e solto apenas após o resgate”. O butim foi de 10 milhões de ducados, uma soma astronômica para a época.

Dos 55.000 habitantes de Roma, sobreviveram apenas 19.000.

Os “Grandes Reformadores Protestantes” e o emprego da violência:

Lutero
Em 1520, escreveu em seu “Epítome”: (…) francamente declaro que o verdadeiro anticristo encontra-se entronizado no templo de Deus e governa em Roma (a empurpurada Babilônia), sendo a Cúria a sinagoga de Satanás (…) Se a fúria dos romanistas não cessar, não restará outro remédio senão os imperadores, reis e príncipes reunidos com forças e armas atacarem a essa praga mundial, resolvendo o assunto não mais com palavras, mas com a espada (…) Se castigamos os ladrões com a forca, os assaltantes com a espada, os hereges com a fogueira; por que não atacamos com armas, com maior razão, a esses mestres da perdição, a esses cardeais, a esses papas, a todo esse ápice da Sodoma romana, que tem perpetuamente corrompido a Igreja de Deus, lavando assim as nossas mãos em seu sangue?”

Em um folheto intitulado “Contra a Falsamente Chamada Ordem Espiritual do Papa e dos Bispos”, de julho de 1522, ele declarou: “Seria melhor que se assassinassem todos os bispos e se arrasassem todas as fundações e claustros para que não se destruísse uma só alma, para não falar já de todas as almas perdidas para salvar os seus indignos fraudadores e idólatras. Que utilidade tem os que assim vivem na luxúria, alimentando-se com o suor e o sangue dos demais?”

Em outro folheto, “Contra a Horda dos Camponeses que Roubam e Assassinam”, ele dizia aos príncipes: “Empunhai rapidamente a espada, pois um príncipe ou senhor deve lembrar neste caso que é ministro de Deus e servidor da Sua ira (Romanos 13) e que recebeu a espada para empregá-la contra tais homens (…) Se pode castigar e não o faz - mesmo que o castigo consista em tirar a vida e derramar sangue - é culpável de todos os assassinatos e todo o mal que esses homens cometerem”.

Em julho de 1525, Lutero escrevia em sua “Carta Aberta sobre o Livro contra os Camponeses”:

“Se acreditam que esta resposta é demasiadamente dura e que seu único fim e fazer-vos calar pela violência, respondo que isto é verdade. Um rebelde não merece ser contestado pela razão porque não a aceita. Aquele que não quer escutar a Palavra de Deus, que lhe fala com bondade, deve ouvir o algoz quando este chega com o seu machado (…) Não quero ouvir nem saber nada sobre misericórdia”.

Sobre os judeus, assim dizia em suas famosas “Cartas sobre a Mesa”: “Quem puder que atire-lhes enxofre e alcatrão; se alguém puder lançá-los no fogo do inferno, tanto que melhor (…) E isto deve ser feito em honra de Nosso Senhor e do Cristianismo. Sejam suas casas despedaçadas e destruídas (…) Sejam-lhes confiscados seus livros de orações e talmudes, bem como toda a sua Bíblia. Proíba-se seus rabinos de ensinar, sob pena de morte, de agora em diante. E se tudo isso for pouco, que sejam expulsos do país como cães raivosos”.

Em seus “Comentários ao Salmo 80″, Lutero aconselhava aos governantes que aplicassem a pena de morte a todos os hereges.

Melanchton, o teólogo luterano da Reforma, aceitou ser o presidente da inquisição protestante, com sede na Saxônia. Ele apresentou um documento, em 1530, no qual defendia o direito de repressão à espada contra os anabatistas. Lutero acrescentou de próprio punho uma nota em que dizia: “Isto é de meu agrado”. Convencido de que os anabatistas arderiam no fogo do inferno, Melanchton os perseguia com a justificativa de que “por que precisamos ter mais piedade com essas pessoas do que Deus?”

Calvino
Em seus “Institutos”, declarou: “Pessoas que persistem nas superstições do anticristo romano devem ser reprimidas pela espada”. Em 1547, James Gruet publicou uma nota criticando Calvino e foi preso, torturado no potro duas vezes por dia durante um mês e, finalmente, sentenciado à morte por blasfêmia. Seus pés foram pregados a uma estaca e sua cabeça foi cortada. Em 1555, os irmãos Comparet foram acusados de libertinagem, executados e esquartejados. Seus restos mortais foram exibidos em diferentes partes de Genebra.

Zwínglio
Em 1525, começou a perseguir os anabatistas de Zurique. As penas iam desde o afogamento no lago ou em rios, até a fogueira.

Protestantes versus Protestantes
Os reformadores também lutavam entre si..

Lutero disse: “Ecolampaio, Calvino e outros hereges semelhantes possuem demônios sobre demônios, têm corações corrompidos e bocas mentirosas”. Por ocasião da morte de Zwínglio, afirmou: “Que bom que Zwínglio morreu em campo de batalha! A que classe de triunfo e a que bem Deus conduziu os seus negócios!”, e também: “Zwínglio está morto e condenado por ser ladrão, rebelde e levar outros a seguir os seus erros”.

Zwínglio também atacava Lutero: “O demônio apoderou-se de Lutero de tal modo que até nos faz crer que o possui por completo. Quando é visto entre os seus seguidores, parece realmente que uma legião o possui”.

Acerca da Reforma, disse Rosseau: “A Reforma foi intolerante desde o seu berço e os seus autores são contados entre os grandes repressores da Humanidade”. Em sua obra “Filosofia Positiva”, escreveu: “A intolerância do Protestantismo certamente não foi menor do que a do Catolicismo e, com certeza, mais reprovável”.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A MISSÃO DE JESUS

- O Espírito do Senhor Jeová está sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-Me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes. (Isaías 61:1 e 2)

Esse versículo mostra qual é a missão de Jesus.
A missão dele é:
-Pregar boas-novas aos mansos; ou seja, dizer àqueles que não estão dentro do sistema religioso(note-se que Jesus não andava com religiosos), que Deus ama ao homem imerecidamente.
-Restaurar os contritos de coração, ou seja,os que estão tristes e arrependidos por serem pecadores.
-Proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos, ou seja,anunciar aos homens que irá liberta-los da escravidão do pecado e quebrar os cadeados dessa prisão chamada morte, através do seu próprio sacrifícil, feito por amor imerecido.
-Apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança de nosso Deus, ou seja, anunciar que haverá um tempo instipulado por Deus para que os homens vivam e que depois haverá um julgamento onde todos aqueles que desobedeceram o mandamento(amor) do Senhor serão condenados.
-Consolar os tristes, ou seja, consolar àqueles que condenados estiverem tristes precisando ser perdoados imerecidamente.